Iniciativas de conservação do tatu-canastra e tamanduá-bandeira são tema de exposição promovida pelo ICAS no Bioparque Pantanal

O evento tem como objetivo apresentar as características físicas, comportamentais e curiosidades sobre o tatu-canastra e o tamanduá-bandeira, duas espécies ameaçadas de extinção, para aproximadamente duas mil pessoas por dia. Em sua última edição, realizada em 2022, a exposição alcançou cerca de 30.000 pessoas, permitindo que crianças e adultos conhecessem mais sobre os projetos e as espécies em destaque.

A bióloga e educadora ambiental Andréia Nasser explica que, apesar da importância ambiental desses animais, eles ainda são pouco conhecidos pelo público, especialmente o tatu-canastra – o maior de todos os tatus do mundo. Ela enfatiza que o envolvimento da comunidade é fundamental para a conservação de espécies em risco de extinção.

“Existe todo um estudo desenvolvido por pesquisadores e por uma equipe multidisciplinar do ICAS e de outras instituições de pesquisa, com o intuito de promover medidas de mitigação eficientes. Mas a efetiva proteção dessas espécies só é possível quando o trabalho é realizado em conjunto com os órgãos públicos, empresas privadas e a sociedade em geral,” disse Andréia.

Ela ressalta que a transformação requer conhecimento, tornando as ações de educação ambiental extremamente importantes para os projetos de conservação. Toda a estrutura da exposição foi pensada para ser o mais acessível possível, incluindo o treinamento dos monitores, a altura das informações e o espaço para a circulação de cadeirantes.

“Ter o apoio e aproveitar toda a visibilidade e a estrutura que o Bioparque oferece para mostrar um pouco mais do trabalho que realizamos com estes dois gigantes e compartilhar informações relevantes com crianças, jovens e adultos, é uma oportunidade única e pela qual estamos muito felizes e agradecidos,” afirmou a educadora.

Um dos critérios para ações de parceiros dentro do complexo é a relação com os pilares que sustentam o empreendimento: educação ambiental, pesquisa, conservação, inclusão, inovação e lazer. O local não é apenas para contemplação, mas para compartilhar e agregar conhecimento.

Em março deste ano, durante a “II Jornada de Pesquisas e Tecnologias”, evento em comemoração aos dois anos de funcionamento do Bioparque Pantanal, o ICAS assinou um Termo de Cooperação Técnico-Científica com o complexo. Essa parceria fortalece ainda mais os esforços conjuntos para a conservação da biodiversidade.