PROJETO CANASTRAS E COLMEIAS: VOZES DO MEL

Histórias de harmonia entre homem, abelhas e tatus

A série “Vozes do Mel” é uma iniciativa emblemática do projeto Canastras e Colmeias, dedicada à proteção do tatu-canastra e ao fomento da coexistência harmônica entre apicultores e esse gigante da biodiversidade, o maior dos tatus. Até o momento, mais de 100 apicultores em cinco estados brasileiros já receberam a certificação “Amigo do Tatu-canastra”. 

Esses apicultores adotam práticas não letais para manter o tatu distante das colmeias, encorajando-o a buscar sua alimentação convencional, que são cupins e formigas, em vez das larvas de abelhas.

Nesta série, o acadêmico de biologia e escritor Arthur Bellini conduziu entrevistas com dez desses apicultores certificados, buscando capturar e compartilhar suas trajetórias e contribuições para a conservação do tatu-canastra. “Vozes do Mel” oferece um vislumbre íntimo das vidas desses indivíduos, revelando os desafios da apicultura e a beleza intrínseca de trabalhar em harmonia com as abelhas e a natureza.

Nosso objetivo com “Vozes do Mel” é não apenas celebrar esses apicultores, mas também expandir o alcance do Projeto Canastras e Colmeias, promovendo a conservação contínua e a coexistência entre seres humanos e a fauna local. Esperamos que através dessa série você se conecte com a história de cada apicultor, conheça mais sobre essa profissão e principalmente a paixão de cada um deles pela natureza.

Conheça as histórias dos apicultores parceiros:

Vozes do Mel

Adriano Adames

O que o maior tatu do mundo tem a ver com o mercado nacional e internacional de mel? E qual a relação de uma caverna na Serra da Bodoquena com a apicultura? Isso tudo tem a ver com a história de Adriano Adames de Souza, um produtor de mel com mais de trinta anos de experiência com abelhas, que hoje é referência nacional na produção de mel e se tornou um dos principais parceiros do projeto Canastras & Colmeias.

Leia na íntegra »

Projeto Canastras e Colmeias

Ao conversar com os apicultores do Cerrado de MS sobre os danos causados pelos tatus-canastra, os especialistas em fauna iniciaram um projeto complementar de pesquisa.

O objetivo, desta vez, era entender quando e por que os tatus-canastra atacam as colmeias e como evitar os danos.

Conflitos entre humanos e animais da fauna silvestre são comuns em todo o mundo. Os mais frequentes envolvem felinos (ou outros carnívoros) e animais de criação, como bovinos, ovinos e aves. Mas também há estragos em plantações, causados por porcos-do-mato e macacos.

No caso do Cerrado do Mato Grosso do Sul, com a colaboração de 10 associações de apicultores, os pesquisadores mapearam 178 apiários. Do total, 73% tiveram danos causados por tatus-canastra nos últimos 5 anos e 46%, no último ano.

Em alguns apiários, os especialistas instalaram câmeras acionadas por movimento. E puderam observar o comportamento dos tatus-canastra e de outros animais silvestres, que eventualmente se aproximaram das caixas destruídas.

Com imagens de tatus-canastra gravadas nos apiários e grande contribuição dos apicultores, diversas medidas para evitar os danos às colmeias foram avaliadas quanto à sua eficiência, custos e facilidade de instalação/operação. Colocar as caixas fora do alcance do tatu-canastra é a melhor maneira de promover sua convivência pacífica com os apicultores.

Isso pode ser feito por meio de cercas em torno de todo o apiário ou com cavaletes altos e firmes, em cima dos quais ficam as caixas com o mel, as abelhas e as larvas de abelhas. A descrição das diversas medidas avaliadas, seus prós e contras, está no item Soluções Possíveis, neste site. E, também, no Guia de Convivência entre Apicultores e Tatus-canastra no Cerrado do Mato Grosso do Sul, disponível logo abaixo.

Selo de certificação

Em conjunto com apicultores, estão sendo desenvolvidoa novas práticas para proteger as colmeias de ataques do tatu-canastra e ao adotar estas medidas, todos os produtos (mel e derivados) desta propriedade receberão um selo de certificação, “Produtor amigo do tatu-canastra”. Assim, apicultores serão beneficiados e se tornarão protetores do nosso gigante da biodiversidade.

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