O Projeto Canastras e Colmeias foi criado em 2015, como complemento de uma pesquisa para mapear a ocorrência do tatu-canastra no Cerrado de Mato Grosso do Sul.
A fase de estudos terminou em 2018 e os resultados estão disponíveis no Guia de Convivência entre Apicultores e Tatus-canastra no Cerrado do Mato Grosso do Sul.
Os especialistas em tatu-canastra foram ao Cerrado do MS para um primeiro levantamento da presença do animal (ou não) em 500 microbacias com fragmentos de vegetação nativa.
Eles interagiram com mais de mil produtores rurais para obter permissão e acesso às terras privadas. E entraram em contato com apicultores, preocupados com a derrubada e a destruição de colmeias pelo canastra.
Muitos apicultores posicionam suas colmeias junto aos últimos fragmentos de vegetação nativa do Cerrado para garantir a produção de mel silvestre. Infelizmente são os mesmos espaços usados pelos tatus-canastra para sobreviver.
Os canastras se alimentam basicamente de cupins e formigas. Mas a disponibilidade de cupinzeiros e formigueiros nos fragmentos de Cerrado é baixa. Assim, eles recorrem às colmeias, em busca de larvas de abelhas.
Ao conversar com os apicultores do Cerrado de MS sobre os danos causados pelos tatus-canastra, os especialistas em fauna iniciaram um projeto complementar de pesquisa.
O objetivo, desta vez, era entender quando e por que os tatus-canastra atacam as colmeias e como evitar os danos.
Conflitos entre humanos e animais da fauna silvestre são comuns em todo o mundo. Os mais frequentes envolvem felinos (ou outros carnívoros) e animais de criação, como bovinos, ovinos e aves. Mas também há estragos em plantações, causados por porcos-do-mato e macacos.
No caso do Cerrado do Mato Grosso do Sul, com a colaboração de 10 associações de apicultores, os pesquisadores mapearam 178 apiários. Do total, 73% tiveram danos causados por tatus-canastra nos últimos 5 anos e 46%, no último ano.
Em alguns apiários, os especialistas instalaram câmeras acionadas por movimento. E puderam observar o comportamento dos tatus-canastra e de outros animais silvestres, que eventualmente se aproximaram das caixas destruídas.
Com imagens de tatus-canastra gravadas nos apiários e grande contribuição dos apicultores, diversas medidas para evitar os danos às colmeias foram avaliadas quanto à sua eficiência, custos e facilidade de instalação/operação. Colocar as caixas fora do alcance do tatu-canastra é a melhor maneira de promover sua convivência pacífica com os apicultores.
Isso pode ser feito por meio de cercas em torno de todo o apiário ou com cavaletes altos e firmes, em cima dos quais ficam as caixas com o mel, as abelhas e as larvas de abelhas. A descrição das diversas medidas avaliadas, seus prós e contras, está no item Soluções Possíveis, neste site. E, também, no Guia de Convivência entre Apicultores e Tatus-canastra no Cerrado do Mato Grosso do Sul, disponível logo abaixo.
Em conjunto com apicultores, estão sendo desenvolvidoa novas práticas para proteger as colmeias de ataques do tatu-canastra e ao adotar estas medidas, todos os produtos (mel e derivados) desta propriedade receberão um selo de certificação, “Produtor amigo do tatu-canastra”. Assim, apicultores serão beneficiados e se tornarão protetores do nosso gigante da biodiversidade.
Atua nas áreas de Biologia da Conservação, pesquisa e ecologia de espécies e uso de recursos naturais. Trabalhou e morou em Belize, Argentina, Bolívia…
Atua nas áreas de Biologia da Conservação, pesquisa e ecologia de espécies e uso de recursos naturais. Trabalhou e morou em Belize, Argentina, Bolívia, Nepal e agora está no Brasil há 20 anos. Em 2002 passou a viver e trabalhar no Mato Grosso do Sul, onde fundou a ONG ICAS para dar suporte administrativo aos dois projetos que coordena: Programa de Conservação do tatu-canastra e Projeto Bandeiras e Rodovias. Seu trabalho foi apresentado na National Geographic, BBC Nature e na PBS (Public Broadcasting Service). Arnaud é reconhecido como um grande nome da conservação mundial, tendo sido agraciado com o Whitley Award em 2015, um prêmio que é considerado o Oscar da Conservação!
Médico Veterinário graduado pela Universidade Paulista (2003), possui experiência em Medicina de Animais Selvagens, Medicina da Conservação e…
Médico Veterinário graduado pela Universidade Paulista (2003), possui experiência em Medicina de Animais Selvagens, Medicina da Conservação e pós-graduação latu sensu em clínica e cirurgia de animais selvagens.
Atuação: Desde 2004, atua como pesquisador em projetos de conservação com foco em mamíferos neotropicais. Desde 2011, é veterinário do Projeto Tatu-Canastra, Mestre em Ciências pelo Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo e pesquisador associado do Zoológico de Naples, Flórida, EUA.
Graduado pela Universidade Federal da Grande Dourado (2009). Realizou estágios curriculares e extra-curriculares em projetos de conservação com experiência em captura…
Graduado pela Universidade Federal da Grande Dourado (2009). Realizou estágios curriculares e extra-curriculares em projetos de conservação com experiência em captura, manejo, monitoramento e conservação de animais selvagens, com foco em Xenarthras. Desde 2012, é membro do Projeto Tatu-Canastra e desde 2013 atua como pesquisador associado do Instituto de Pesquisas Ecológicas - IPÊ e do Zoológico de Houston, Texas, EUA
Graduado em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Mestre em Biologia Animal pela UFMS e especialista em apicultura…
Graduado em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Mestre em Biologia Animal pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul e especialista em Apicultura e Meliponicultura pela Universidade de Taubaté.
Mantém apiários destinados a produção de mel e meliponários voltados à produção de colônias de abelhas sem ferrão nativas do Mato Grosso do Sul. Trabalha também com educação ambiental, consultoria e assistência técnica em apicultura e meliponicultura. Possui experiência na utilização de medidas mitigatórias não letais para impedir a predação de colmeias por tatus-canastra e atualmente coordena o projeto Canastras e Colmeias
Médico Veterinário especializado em animais silvestres formado pela USP em 1985. A Educação Ambiental foi uma das principais áreas de trabalho dentro dos projetos de conservação onde atuou…
Médico Veterinário especializado em animais silvestres formado pela USP em 1985. A Educação Ambiental foi uma das principais áreas de trabalho dentro dos projetos de conservação onde atuou. E o desenho da natureza sempre foi uma ferramenta valiosa para o melhor desenvolvimento destes trabalhos. Veio para o MS integrando equipe que criou o projeto de Eco Turismo hoje conhecido como Caiman, no Pantanal de Miranda. Lá colaborou com o Projeto Arara Azul e desde então procura colaborar com outras iniciativas de conservação através do seu desenho. Atualmente vive em Bonito onde administra o Studio Muriqui, seu ateliê de criação.
Graduada em Ciências Econômicas pela Universidade Paris X e em Marketing & Gestão pelo Programa de MBA da Reims Business School, atuou como Coordenadora de Projetos & Comunicação durante…
Graduada em Ciências Econômicas pela Universidade Paris X e em Marketing & Gestão pelo Programa de MBA da Reims Business School.
Atuação: Coordenadora de Projetos & Comunicação durante 15 anos no Universal Music. Agora, Profissional com o desenvolvimento de estratégia de comunicação e conteúdos para os diversos canais de comunicação, especialmente com os redes sociais.
Graduado em comunicação Social com habilitação em Jornalismo, atua como assessor de imprensa do terceiro setor desde 2010. Apaixonado por fotografia e criação de conteúdo, chegou para somar com a equipe…
Nascido no interior de São Paulo, apaixonado por animais, fotografia e vídeos, formou-se em 2012 pela Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) e desde 2010, quando ainda era voluntário, vem atuando em diversas áreas da comunicação no terceiro setor.
Apicultor no município de Campo Grande (centro de MS). Colaborou nos testes de materiais e métodos de proteção aos Canastras e Colmeias.
Apicultor em Bataguassu (leste de MS). Colaborou nos testes de materiais e métodos de proteção aos Canastras e Colmeias.
Apicultor em Três Lagoas (leste-nordeste de MS). Colaborou nos testes de materiais e métodos de proteção aos Canastras e Colmeias.
Apicultora em Bataguassu (leste de MS). Colaborou nos testes de materiais e métodos de proteção aos Canastras e Colmeias.